Saiba como engajar os funcionários da sua empresa
CONTEÚDO
As empresas modernas já não podem se preocupar apenas com metas, números e questões meramente técnicas. Pelo contrário, hoje é preciso investir em todos os modos possíveis de enriquecer o capital humano e engajar funcionários.
De fato, as corporações mais avançadas e sólidas são aquelas que entendem que sua maior riqueza está nos ativos intangíveis.
Essa cultura organizacional, inclusive, deve caracterizar tanto a postura externa de uma empresa, quanto a interna.
Com relação ao público externo, uma marca precisa compreender que a sua persona e seus possíveis clientes já não aceitam ser massificados.
Exatamente por esse motivo que o marketing de conteúdo tem, em todas suas variações, ganhado cada vez mais espaço.
Nele, o cliente é tratado segundo suas especificidades. O que significa que as soluções são apresentadas e vendidas de modo personalizado/customizado.
Portanto, as propagandas apelativas e meramente comerciais já não têm o alcance que tinham antes.
Da porta para dentro, trata-se do endomarketing ou marketing interno. Embora haja uma pequena distinção entre os dois conceitos, afinal, ambos apontam para o mesmo caminho.
Esse caminho é bem simples de compreender: sem melhorar sua relação com o público interno da empresa, a marca não ganhará o mercado e o público externo.
Afinal, como pode alguém vender algo em que não acredita, ou que não utiliza em sua vida privada?
Então, se você quer compreender a fundo qual o melhor caminho para engajar os funcionários de uma empresa e como criar uma boa cultura corporativa, siga adiante na leitura.
O que vem a ser uma cultura organizacional?
Já se tornou um “lugar-comum” falar na famosa trina “Missão, Visão e Valores”, que remete a uma autodescrição que toda empresa faz de si.
Essa descrição pode tomar desde algumas poucas palavras até uma página inteira e costuma oscilar entre definições da solução apresentada pela empresa (seja um serviço prestado ou uma manufatura de um produto) até princípios morais e éticos.
Assim, algumas empresas de caldeiraria em SP podem dizer em seus sites que acreditam na excelência do trabalho e no compromisso com a sociedade e com seus cliente. Depois, deverá explicar como isso se aplica no seu ramo de caldeiraria/usinagem.
É claro que esse posicionamento é importante. Contudo, é preciso dizer que uma cultura organizacional ou corporativa vai muito além disso. Afinal, ela começa na própria identidade da marca e se reflete em cada operação e hábito por mais rotineiro que seja.
Uma empresa de locação de guindaste, por exemplo, precisa definir sua própria persona e depois cruzá-la com a persona do público.
Geralmente, a persona da marca gira em torno das identidades verbal e visual, no que entram desde slogans até as regras mais práticas. Já a persona do público consistem em compreender a fundo como o cliente ideal pensa.
Assim, de acordo com o contexto utilizado, as funções dos guindastes trabalhados, as relações de preços e prazos, as expectativas gerais e a experiência do cliente são questões que podem ser levadas em conta.
Para isso, o empresário precisa abstrair sua própria visão de mundo por um tempo e colocar-se no lugar do seu público.
Um modo bacana de definir a persona da marca é por meio de brainstorming, do qual podem participar os demais sócios e fundadores.
Uma maneira de atingir os perfis da persona é por meio de bastante leitura e até estudos sobre o mercado de atuação.
Endomarketing: a quem e como ele pode ajudar?
Como observado, vivemos a época dos ativos intangíveis, da interconectividade e da visão integral de mercado, que é uma visão que busca ser maximamente abrangente.
Verdadeiramente, é bem difícil que uma empresa que tenha equipes dispersas, líderes despreparados e funcionários isolados e sem engajamento consiga chegar a crescer de modo sólido e sustentável.
O mais bacana é que isso independe do segmento em que a corporação atua. Isso porque a regra vale tanto para um setor técnico e nichado, como os que lidam com revestimento de borracha em cilindros, quanto para escritórios de RH ou de publicidade.
De fato, não importa se o cargo é estratégico ou operacional, e se o ambiente de trabalho é um chão de fábrica com esteira ligada 24h, ou se é um escritório no último andar de um edifício. A verdade é que todo profissional passa mais tempo no trabalho do que em casa.
Ao mesmo tempo, as relações humanas são difíceis. Não é fácil ter uma boa liderança, capaz de fazer todos estarem sempre na mesma página e, o que é mais importante, prezarem pelos mesmos princípios.
Afinal, como evitar discordâncias, comentários que não agregam e o criticismo que podem aparecer a qualquer momento nos membros de uma equipe?
Parte disso pode ser resolvido com o papel de um bom líder. No entanto as ações de endomarketing também podem ser de grande valia nesse cesário.
Isso porque, se uma oficina que opera com diamantadeira de alianças e tratamento de joias e produtos de alto valor, é imprescindível manter os colaboradores alinhados e engajados com o serviço realizado e com a empresa como um todo.
Afinal, por mais bem definida que uma cultura corporativa seja, se não existirem estratégias efetivas e muito claras, será impossível garantir que ela saia do papel.
Por isso que o endomarketing tem se disseminado tanto nos últimos anos. Isso porque, basicamente, o conceito diz respeito a ações realizadas pelo marketing interno ou RH voltados para valorizar o colaborador e informá-lo sobre as realizações da empresa.
Desse modo, o corpo funcional se sente valorizado, compreendido, ouvido e – principalmente – vê que há uma motivação da empresa em satisfazer suas necessidades (além de compreender a importância dos processos e o seu papel “no todo”).
A importância da comunicação continuada
O marketing interno é uma das táticas mais assertivas para evitar situações de conflito, bem como a tão indesejada rotatividade de funcionários (turnover).
Por isso mesmo, apesar do título “marketing”, ele começa no RH da empresa, e só depois se expande.
Você já se perguntou qual a imagem da sua empresa perante aos olhos dos seus próprios colaboradores?
Indo além: você já se perguntou como isso (a visão dos funcionários sobre a marca), pode impactar retroativamente na imagem da marca?
As respostas são óbvias, mas às vezes nos esquecemos da verdade de que não é possível mudar o mundo sem antes mudarmos nossa própria casa. Por isso mesmo, um sinônimo de marketing interno é o da comunicação.
Sim, um dos pontos mais importantes do entrosamento de uma equipe/empresa é a comunicação entre todas as partes.
Para se ter uma ideia, se o negócio lida com a manutenção de injetoras, ele sabe que essas máquinas têm aspectos distintos que devem ser levados em consideração – como os mecânicos, elétricos e assim por diante.
Do mesmo modo, uma corporação tem vários setores que são diferentes, mas não podem deixar de se interconectar o tempo todo.
O modo mais prático de garantir isso é por meio das reuniões frequentes, que deixam cada um a par de tudo o que acontece.
A comunicação continuada garante não apenas uma rotatividade menor de funcionários, como também garante os seguintes pontos fundamentais:
- Funcionários mais motivados;
- Colaboradores leais à liderança;
- Otimização dos processos e produtividade;
- Um clima mais harmonioso e saudável;
- Mais bem-estar e qualidade de vida.
Ou seja, a essência de tudo é a comunicação. No caso de uma indústria maior que lida com fabricação e montagem de equipamentos pesados, como motobombas a combustão e bomba de água centrífuga, é possível recorrer a outros meios.
Quando há muitos funcionários, dá para “pulverizar” a comunicação por meio de murais informativos, e-mails, além de realizar ações com pesquisas de satisfação para os colaboradores avaliarem a rotina de trabalho.
Além disso, é claro, atualmente há a possibilidade de usar diversos recursos digitais existentes, ou ainda criar uma intranet com uma rede social para os colaboradores.
Financiando a formação e a motivação do pessoal
Além da cultura corporativa e da comunicação continuada, o marketing interno pode engajar os funcionários por meio de estratégias ainda mais dinâmicas.
É o caso, por exemplo, das palestras, cursos e workshops. É natural que uma empresa que trabalha com fabricação de peças como banco para empilhadeira, chame algum profissional para discorrer sobre o segmento de veículos industriais.
Contudo, o endomarketing vai muito além: é preciso investir na formação humana dos colaboradores, promovendo eventos e encontros em torno de temas como motivação, carreira profissional e até mesmo autoconhecimento.
Hoje as pessoas estão sedentas por este tipo de formação. Por isso, elas buscam não apenas a realização no trabalho, mas também um ambiente de aprendizagem que agregue valor para sua vida como um todo.
Embora seja ruim levar problemas da esfera pessoal para o trabalho, não dá para negarmos que nossa carreira é apenas uma extensão da nossa personalidade.
Por esse motivo, é necessário encontrar modos criativos de conciliar as duas esferas sociais.
Por isso que o endomarketing também investe muito em premiações, bonificações, viagens e momentos de lazer que façam o funcionário “trazer” sua família para o seio da corporação. Afinal, essa é a melhor maneira de garantir que ele esteja sempre satisfeito.
Uma empresa que fornece materiais para construção civil e automecânicas, como grampos e manilha para cabo de aço, pode fazer o colaborador se sentir em casa ao permiti-lo personalizar seu espaço de trabalho, com fotos e objetos pessoais.
Do mesmo modo, pode ser interessante incentivar ações que trabalhem o entretenimento e o network ao mesmo tempo.
Nesse contexto é possível destacar ações que envolvam ligas esportivas, campeonatos, cursos externos e happy hours.
Por meio dos exemplos dados, percebesse o quanto uma cultura organizacional pode ajudar no engajamento dos seus funcionários, independente do segmento da empresa e da função de cada pessoa dentro dela.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.